quarta-feira, 29 de maio de 2013

Loop

A ausência de um destino encontra-me sempre nos momentos mais vazios.  

Sem direcção, vagueio pelas ruas esperando que as horas tragam a noite e com ela a cegueira ébria que enevoa aquele lar que não é meu. Aquele buraco que me mastiga a garganta quando a dor me molesta os sentimentos, impedindo que grite.  

Ao acordar tento prolongar eternamente o momento em que ganho consciência de quem sou, desejando que a minha vida seja pesadelo de um outro desassossegado. 

A realidade fulmina-me antes que os pés toquem o chão, em volta da minha cama jazem  esboços de sonhos que em outros dias definharam ao acordar. Cerro os olhos e tento voltar a dormir... Mas a melancolia invade sofregamente o meu pensamento boicotando a vontade de viver.

Entorpecido... Não sei. Não sei quem sou. Não sei para onde vou... Não sei.

A ausência de um destino encontra-me sempre nos momentos mais vazios.  

Até amanhã.


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