segunda-feira, 3 de maio de 2010

Consideração a mim mesmo.

Antes de voltar a escrever... uma consideração a mim mesmo.

Apago frases atrás de frases, apago parágrafos inteiros... sentimentos de autenticidade duvidosa que a censura do meu ego extermina no premir de uma tecla. Refugio-me em reticencias, quais gritos mudos abafados pelo medo de cair no ridículo... pelo medo de cair.

Do fundo da letargia, surge agora uma nova vontade de pegar nos destroços e voltar a erguer nova torre no local onde outras outrora foram erguidas...

Para tal, será necessário invocar a besta doentia que baila por entre as sombras mais negras da noite, aquele delicado e sádico ser que procura o cheiro do sangue onde se irá banhar.

Para tal será necessária a libertação do louco depravado que se masturba para cima das flores que oferece, infame desajustado que sonha perverter as mais inocentes e castas almas.

Para tal será necessário ressuscitar o poeta melancólico que apenas acredita no amor quando sente a dor que tal sentimento gera, o poeta que apenas lava a cara com o seu pranto.

É gente a mais penso eu... talvez noutro dia ... noutra noite


1 Comentários


apesar de uma leitura carregada e escura adorei o texto e a mensagem apesar desanimada fica a esperança de dias belos virão

obrigado


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