terça-feira, 29 de dezembro de 2009

palavras começadas por D




Acordo sem coragem para olhar a depressão no espelho... afogo-me nos lençóis até perder novamente os sentidos. Não quero acordar. Não quero esforçar-me para me manter de pé... não quero sorrir... Não.

As horas passam enquanto fito o tecto que insiste em não cair e esmagar-me os sonhos... o sangue corre lento pelas veias... o ar entra e sai como se eu não tivesse morrido ontem.

Deixa o tempo passar que ele cura as feridas, dizeis vós... E o vazio? O vazio que aumenta a cada vez que inspiro, a cada vez que sonho, a cada vez ...

... a cada vez que Morro!



Parou de chover...

Resta o vento a dançar com as árvores semi-nuas que escondem o meu rosto no vidro da janela. Com os olhos ainda inchados digo bom dia á dor, pergunto-lhe se dormiu bem no meu peito, se não teve frio naquele enorme vazio.

O sol não tardará a nascer, um novo dia, uma nova ilusão que corrompe mente e corpo... que liberta o monstro em mim...


1 Comentários


uma linguagem que prende,fluxo leve e doce ,mas de um sentido tão frio não gostaria que meu filho escrevesse assim amargo com se cada dia fosse o carregar e o despojar de uma mortalha,sem sorriso sem beleza, escreve redondo num fluir que prende e que doi imensamente não queria ter um filho tão triste e tão namorador da morte, tão aprisionado no seu triste goismo de só se enxergar dentro ou fora de seus monstros...triste


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